Almofadas de caroços de cereja

“ José Miguel Amorim, designer gráfico, é o responsável pelo conceito destas almofadas naturais e biológicas, com 100% algodão, feitas em Portugal. O conceito é simples mas inovador: constituídas por caroços de cereja, permite aquecê-las num microondas, para além de transmitir um cheiro doce e serem facilmente manuseáveis. Fornecem relaxamento muscular, massagens, etc., ideais para crianças, estas almofadas têm tido um sucesso enorme. Parabéns ao José Amorim por esta ideia brilhante.




Quando surgiu a ideia?
José Miguel Amorim, desempregado, viu uma oportunidade de vida ao olhar para os filhos que se divertiam com a almofada de caroços de cereja feita pela avó. Ocorreu-lhe uma ideia brilhante! Se a almofada os divertia tanto e lhes dava tanto prazer então também devia ser algo de bom para outras pessoas. Criou o site dedicado à venda das almofadas e como o sucesso foi imediato, abasteceu-se e 10 toneladas de caroços e com a colaboração de reclusos começou um bom negócio.

Para fazer uma almofada são precisos 17 kg de cerejas para extrair 350 g de caroços. Aquecida durante um minuto no microondas, substituem os habituais sacos de água quente. É 100% natural e pode ser usada desde recém-nascidos a idosos.

O Expresso considera-o “O rei do caroço de cereja”. “




Mas para que é que serve uma almofada de caroços de cereja?
“A madeira da cerejeira tem propriedades que ajudam a absorver a humidade, e a humidade dos caroços da cereja facilita a retenção de calor. Inicialmente, José Amorim imaginou as almofadas para substituir os sacos de água quente: bastaria aquecê-las durante cerca de 2 minutos no microondas. Recentemente, José Amorim veio a descobrir um livrinho da Roche, editado nos anos 30 do século passado, de promoção de um produto para ajudar a dormir, em que era feita uma referência às almofadas de caroços de cereja, então usadas no campo, que eram aquecidas na lareira e tinham precisamente essa função:

Tendo sido essa a ideia inicial de José Amorim, a surpresa veio depois. Hoje, as almofadas são recomendadas para termo terapia. São aconselhadas por médicos, fisioterapeutas e osteopatas. Serviços de spa (como o do Hotel Penha Longa, em Sintra) utilizam-nas em massagens. O seu uso é aconselhado para todas as idades e entre os seus benefícios incluem-se o alívio de dores musculares, de dores de cabeça, de cólicas infantis, o relaxamento muscular e o simples relaxamento. As almofadas são agradáveis de manusear, adaptam-se a qualquer parte do corpo, produzem um som relaxante e emanam um suave odor doce.”





Como usar as almofadas?
“Há coisas que não se vêem, sentem-se!
A almofada de caroços de cereja, e feita de tecido de algodão com cerca de 1500 caroços, aquece no microondas 1 a 2 minutos, é uma alternativa ao tradicional saco de agua quente.

É conveniente lavá-la na máquina da roupa de tempos a tempos, para que os caroços retenham humidade.

As almofadas são usadas por pessoas de todas as idades inclusive recém-nascidos e crianças; recomendadas para termo terapia; são agradáveis de manusear e produzem um som relaxante.

É um produto 100% natura, biológico, biodegradável, hipoalergénico, feito à mão em Portugal.”




Como e por quem são feitas?
“ O processo de produção é muito simples. Os caroços de cereja são lavados, só com água, e secos ao sol (pelos reclusos do Estabelecimento Prisional de Sintra). As almofadas são manufacturadas, à mão, com algodão natural, pelas reclusas do Estabelecimento Prisional de Tires. Cada almofada leva cerca de mil e quinhentos caroços (infelizmente, apesar da abundante produção de cereja em Portugal, José Amorim não conseguiu arranjar caroços de cereja na nossa terrinha).
Já ouvimos criticar o facto de na produção das almofadas ser utilizado trabalho (remunerado) de reclusos, quando existem tantos desempregados em Portugal. A verdade, porém, é que estamos a falar de reinserção social, que não é importante apenas para o futuro dos reclusos: é importante para todos nós...”